Alcatrão de Norte a Sul
Sou citadino. Adoro o campo e o mundo rural como um país de terceiro mundo. Infelizmente. Gostava que fosse diferente. Gostava de o poder mudar. Mas vivo na cidade e preocupo-me com o que aqui se pode melhorar, para mim e para aqueles que aqui vivem. Quanto ás aldeias e povoações, não conheço os problemas, sonhos e necessidades reais dos que lá vivem. É problema deles os incêndios juntos ou mesmo até nas suas própias propriedades. São eles que se têm de preocupar. Eu devo-me preocupar com a sensibilização (alertar que é errado atirar cigarros pelas janelas dos carros, deixar lixo nos acampamentos ou pic-nics...) e lutar para uma maior justiça regional. Fora isso, podia fazer mais ou posso simplesmente não o fazer. E não o faço. Com isso, o meu país, o meu mundo, perde florestação de ano para ano, dia para dia. E eu também sofro com isso. Mas as propriedades não são minhas... excepto os parques naturais. Esses são tão meus como de todos os outros. E nesses fico revoltado! Nesses exijo uma maior preocupação da minha parte, exijo acção às forças estatais para evitar aí catástrofes ambientais.
Resumindo, luto para que o investimento na luta contra aos incêncios se restrinja ao que é de todos. O resto, que arda! E quem sabe daqui a poucos anos o resto está transformado em cimento e alcatrão; estradas, shoppings, parques de estacionamento e prédios, muitos prédios. E deixam-se todos de queixar com os incêndios. Porque têm aquilo que desejam. A sociedade de consumo!
(isto e o que eu chamo de indecisão ideologica. Um 2 em 1 de direita-liberal e esquerda-reaccionaria)
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