Le Petit Fred

quarta-feira, 26 de outubro de 2005

Não dói nada

Estava sentado no banco da cozinha quando lhe surgiu mais uma vez a ideia. O seu cérebro processava a grande velocidade e tal podia-se observar na sua inquietude. Balouçava-se apoiado nas pernas do assento, rasgava em pequenos pedaços o maço de tabaco do qual minutos antes retirara o último cigarro, enquanto mordia ao de leve o interior da boca. Pensara na última vez em que tinha ido ao dentista e no quão longínquo isso era... tanto no tempo como na memória.

2 comentários:

Anónimo disse...

Viu-se mergulhado nesse tempo e curiosamente forçou um sorriso, esticou as pernas, acendeu o cigarro que tinha entre os dedos e suspirou

Flávio disse...

Bela imagem. Fez-me recordar aquelas gravuras alquímicas (outra das minhas paixões, além do cinema - que, por sua vez, também é uma experiência alquímica) do século XVII.