Não dói nada
Estava sentado no banco da cozinha quando lhe surgiu mais uma vez a ideia. O seu cérebro processava a grande velocidade e tal podia-se observar na sua inquietude. Balouçava-se apoiado nas pernas do assento, rasgava em pequenos pedaços o maço de tabaco do qual minutos antes retirara o último cigarro, enquanto mordia ao de leve o interior da boca. Pensara na última vez em que tinha ido ao dentista e no quão longínquo isso era... tanto no tempo como na memória.
2 comentários:
Viu-se mergulhado nesse tempo e curiosamente forçou um sorriso, esticou as pernas, acendeu o cigarro que tinha entre os dedos e suspirou
Bela imagem. Fez-me recordar aquelas gravuras alquímicas (outra das minhas paixões, além do cinema - que, por sua vez, também é uma experiência alquímica) do século XVII.
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